
Imagem via: amodadamira.com
Desde que me conheço por gente, eu amo bichos! Tanto é que quando pequena, eu dizia que queria cursar medicina veterinária. Mas que nada… Hoje sei que não conseguiria tratar de nenhum. Mal dou conta de dar um remedinho para as minhas aqui de casa quando precisam.
Além de eu gostar tanto assim, eu sempre tive bastante acesso à muitos deles. Cachorros, cavalos, bois, vacas, porcos, carneiros, cabritos, galos, galisés, galinhas, da angola, patos, gansos e marrecos. E hoje em dia tem gente que nem sabe a diferença destes últimos três aí! (risos). É verdade! Eu sei que é verdade!
Mas os gatos nunca foram o meu forte… e também sei que não são o forte de muita gente.
Então eu me casei com um homem que nunca teve muita coisa, além de gatos! (Risos).
Viemos morar em um apartamento e em algum momento da nossa relação, sentimos que era hora de termos um bichinho de estimação! (Opa, até rimou!). Mas o que?!? Pássaro engaiolado? Jamais! Cachorro? Já tive cachorro em apartamento e sei que dá muito trabalho, portanto, apesar de amá-los, também não daria, obrigada! Tartaruga? Peixe? Não… Pra mim não dá! Gosto de bicho pra eu poder abraçar e beijar. Sou Felícia, assumida!
Mas o que restou então? Eles… Os gatos. Aqueles bichos estranhos, mal educados, que quando chamamos, eles nunca vêm. Pior que isso, traiçoeiros, aos olhos de muita gente. Mesmo assim, resolví pagar pra ver… E me apaixonei!
Eles são independentes, dispensam idas semanais ao pet shop, fazem as necessidades em um único lugar, não precisam ser levados para passear e além de tudo isso, são muito amorosos.
Na época, a primeira raça que me veio em mente para comprarmos foi a persa. Mas resolvemos mudar o rumo e ao invés de comprarmos, preferimos fazer uma boa ação e adotar. Fui até a SPAM (Sociedade Protetora dos Animais de Maringá), que cuida de animais abandonados e no caminho fui imaginando como seria a carinha do nosso novo bichinho.
A única certeza que tinha era de que seria um vira-lata, claro, pois ninguém deixa um persa para adoção, por exemplo. Então, já que seria assim, fui imaginando o gato mais vira-lata de todos, daquele tipo meio cinza, rajado, bem de rua mesmo.
Quando cheguei no abrigo, tinham dois com estas características. Acabei escolhendo ela, que o funcionário do lugar disse ser ‘ele’. O nominamos como Miguel, mas hoje ela leva o nome de Chanel. Eu disse para o funcionário: “Quero ‘aquele’ alí, pode pegar, por favor”. Mas assim que ele ‘o’ colocou no meu colo eu pude perceber que ‘ele’ não tinha mais da metade do rabo. Logo pensei: “Puts, que ‘feinho’, ‘ele’ não tem o rabo inteiro e o pequeno pedaço que resta, é todo torto, e agora? Será que fico com este mesmo? Tem tantos outros mais bonitinhos e eu vou ficar com este???” Mas, já que era para fazer uma boa ação, que fosse por completo. Adotei o sem rabo mesmo, por imaginar que talvez fosse o menos querido para adoção. Ah! E tudo isso aconteceu com a companhia e o incentivo da minha mãe (risos).
‘O’ colocamos em uma caixa de papelão, todo ‘pequenino’, ‘franzino’, porém bastante ‘teimoso’, pois não queria ficar ‘preso’ na caixa de jeito nenhum, fazia de tudo para escapar. Para não me atrapalhar à dirigir, tive que ‘colocá-lo’ no porta-malas do carro, ‘tadinho’.
Quando chegamos em casa e meu marido ‘o’ viu, óbvio que logo reparou no rabo pequeno e torto e disse: “Nossa, quanta coincidência! Um dos gatos que já tive, talvez o que tenha ficado comigo por mais tempo, também tinha o rabo assim”. Ufa! Eles se deram bem logo de cara.
Eu é que tive que, aos poucos, aprender à lidar com aquela criaturinha. Afinal de contas… Os gatos nunca foram meu forte, lembram?!? Pois bem… Confesso que na primeira semana chegou a bater um arrependimento pois ‘ele’ não parava de miar e eu já não sabia mais o que fazer. Também, ‘tadinho’, era ainda um bebê de apenas 3 meses, aproximadamente. Com o passar do tempo fomos nos acertando.
Depois de alguns dias uma amiga esteve em casa e disse com toda a certeza de que o bichinho não era um gato! Mas sim, uma gata! (risos) Aquilo pra mim foi trágico. Imaginem! Já estava acostumada com ‘ele’, e logo logo tive que me acostumar com ela… A nossa Chanel.

Ela é uma fofa! Extremamente carinhosa. Me recepciona todos os dias quando chego em casa depois do trabalho. É a minha companheirinha! Gosta de ficar deitada comigo na rede e adora um colinho.
Passado um pouquinho mais de um ano, decidimos adotar mais uma, para fazer companhia uma à outra, já que gostamos muito de viajar e vira e mexe estamos fora de casa. Desta vez foi uma pretinha, toda pretinha, brilhosa, rabuda, uma graça! Mas a adaptação entre as duas não vingou. Neste momento me dei conta de que esta parte é complicada, quando nos referimso aos gatos. Infelizmente tivemos que doá-la para outra pessoa.
Mais tarde, ainda com esperança em conseguir uma irmãzinha pra Chanel, conhecemos a ‘frajolinha’ que nomeamos de Zara. À pedido de uma amiga, que não tinha mais para quem dar o único filhote restante, optamos por tentar mais uma vez, com a condição de que ela a pegasse de volta, caso o convívio não tivesse um final feliz.
Depois de muitas, mas muitas leituras de artigos em blogs pela net, sobre como fazer para adaptar duas gatas num mesmo convívio e pela minha alegria extrema, elas se deram muito bem! Também, pudera! A Zara é uma ‘tadinha’, (risos), muito boazinha, também muito carinhosa, mas diferente da Chanel, odeia colo.
Pelas minhas leituras que me referí acima, me lembro exatamente do que dizia em um dos blogs que infelizmente não me lembro mais o nome, mas era mais ou menos assim: “Todo o esforço dedicado na adaptação de dois gatos será recompensado por uma vida inteira de parceria e felicidade entre eles”. E foi exatamente assim. Hoje elas se amam, brincam e já não me entristece mais o fato de ter que sair de viagem e deixá-las sozinhas. Mas claro que tenho uma pessoa querida que cuida da alimentação e higiene delas por mim, na minha ausência.
Apresento-lhes, a Zara:

Só sei que minha paixão por elas é tão grande que até contagiei a família, convencendo meus pais a deixarem minha irmã ter a dela.
Quando fomos à casa de um amigo, que tinha encontrado uma filhote de gato abandonada e dizia não saber o que fazer com ela, pois na época ele já tinha dois cachorros grandes, na mesma hora encontramos a solução! A peguei e levei para casa de meus pais e hoje é a alegria de lá. Então, também apresento-lhes a priminha braquela e linda… Tulie:

Este post ficou muito longo, espero que não tenham se irritado. Geralmente não costumo escrever tanto assim. Mas não teria como ser menos que isto, afinal, a história é realmente longa.
Mas meu objetivo com ele é tentar contribuir para que as pessoas tirem este mal preconceito sobre os felinos, pois hoje tenho a certa convicção de que só não os ama quem não os conhece.
Fora isto, quero também ajudar a incentivar a adoção. Não descartem esta possibilidade, pois ela é muito prazerosa. E nunca, em hipótese alguma, façam uso do abandono. Os animais devem ser amados, assim como eu e você! Me dói o coração vê-los atropelados, mortos pelas ruas e estradas, pois se quer sabem como atravessar um cruzamento.
Fazer o bem, sem se importar à quem!
Feliz quinta-feira! Beijos, beijos.
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Tags:adoção, gatas, gatos