Para quem não sabe, tudo começou aqui. Há mais ou menos um ano adquirimos um terreno lindo, para construirmos uma casa linda. De lá pra cá, ainda estamos em ritmo de muita pesquisa e busca de informações, porém, sonhando de forma mais real na companhia de profissionais.
Sim, estamos vivendo um sonho. Um sonho aparentemente cada vez mais possível, bem aos poucos, que vez em quando me custa acreditar ser verdade. Mas nossa vida é assim, sem atropelos, por isso as vezes acho que damos tanto valor a cada passo dado. “Um passo de cada vez, lembrando que passos felizes valem por três”, já ouviram isso? Pois é… Assim vamos longe.
Somos MUITO ligados à natureza. “MUITO”, e não “muito”, para dar bastante ênfase. É que sei claramente que somos assim, um pouco além do normal se nos compararmos ao resto da população, (risos). Amamos estar em contato com a natureza, com os animais. Amamos respirar aquele ar puro gostoso, profundamente. Amamos a contemplação, como amamos! E amamos e nos preocupamos em também preservar tudo isso, enquanto estiver ao nosso alcance.
Nosso terreno fica num local perfeito demais, pelo menos para nós (risos). Afastado do tumulto da cidade e em contato com a natureza, com direito à uma reserva ecológica e tudo. Com isso, pensamos que a casa tem que ao menos fazer jus ao contexto e estamos, também aos poucos, partindo para um lado bem ecológico.
No mínimo: aquecimento solar, reaproveitamento de águas da chuva e chuveiro;
No médio: telhado verde;
No máximo e exatamente o que se refere ao título do post: piscina natural, se possível.
Vocês sabem o que seria uma piscina natural? Não? Eu também não sabia, mas vou dar uma noção geral, sem me atrever a explicar detalhes pois isso é coisa para profissionais (risos).
Piscina natural é como se fosse a reprodução de um lago. Com águas não tão azuis como as das piscinas normais, porém cristalinas como as dos mais belos lagos naturais. A manutenção exclui o uso de cloro e por isso em nada agride o meio ambiente e muito menos sua pele e cabelos. Mais que isso: com a possibilidade de toda uma flora, de vegetação específica dentro e em volta; e de um pouquinho de fauna, por ter como opção a criação de alguns peixinhos, além de atrair alguns outros animais, como os pássaros da redondeza.
Mas espere lá! “Você está se referindo em ter em casa uma piscina/ lago para nadar em meio à vegetação e alguns peixinhos e tartarugas (tinha me esquecido das tartarugas)?” Sim, estou. Amamos o contato com a natureza, se lembram? Já fizemos isso em Fernando de Noronha, nada mal poder fazer uma coisa dessas no quintal da própria casa (mais risos).
Pra ser sincera, tínhamos desistido de piscina. É… Tínhamos desistido disso. Não fazemos questão. Não somos deste tipo de esportistas, não fazemos questão de estar na água e eu mesma fujo do sol, além de outra… A manutenção! Então optamos em ter apenas um espelho d´água com alguns peixinhos e só. Mas depois fomos muito mais além. Sem nunca nem termos o conhecimento desta possibilidade de piscina natural em casa, sonhamos acordados com o fato de termos um laguinho em casa, mas com a opção de mergulho. Louco, né? Também achei.
Mais louco ainda foi ligar a TV e assistir aquele programa lindo do GNT: Casas Brasileiras e ter visto pela explicação da própria paisagista Renata Tilli a formação do jardim projetado por ela, da famosa Casa Cobogó, de Marcio Kogan. Claro, uma piscina natural de proporções bem mais grandiosas, tão grandiosas quanto à própria casa, mas com o mesmo intuito: sustentabilidade. Enlouqueci!
Já tinham me falado sobre esta casa, sobre esta piscina, mas sem entrarem tanto em detalhes. Para mim parecia ser algo muito fora da nossa realidade, então nunca tinha me aprofundado no assunto. Mas fui atrás pra saber e me apaixonei.
Esta piscina da Casa Cobogó, projetada pela paisagista Renata Tilli, foi executada por Estelle Dugachard, uma engenheira agrônoma francesa, também paisagista, que mora no Brasil há mais de 7 anos e vem focando nas piscinas naturais tão apreciadas na Europa e nos Estados Unidos.
O custo para a implantação do projeto deste tipo de piscina é consideravelmente mais caro que o outro tipo tradicional. Porém, de manutenção muito mais econômica e muito menos trabalhosa.
Com tudo isso, descobri através do blog Revolução no Quintal, uma família que encarou uma “baita” transformação: quebraram sua piscina tradicional todinha, para transformá-la em uma biológica, ou natural, como queiram chamar. O passo a passo desta transformação foi executado por Omar Maksoud Engenharia e está disponível em fotos, aqui.
Para maior explicação, por meio de um site de uma empresa portuguesa profissional no assunto, a Bio Piscinas descreve:
“Uma piscina biológica é um lago de banho artificial, impermeabilizado com uma tela plástica de alta qualidade. É composto por uma zona destinada ao banho e outro destinada à depuração da água por processos biológicos e mecânicos.
Uma piscina biológica serve para natação e mesmo para fins ornamentais, mantendo um aspecto visual natural e sendo a depuração da água também executada graças às espécies aquáticas nela instaladas.
Considera-se o lago como um novo habitat para a flora e fauna indígena e protegida das zonas húmidas, em especial para os anfíbios. Assim a instalação do lago de banho desempenhará um papel importante para aumentar a biodiversidade na propriedade e oferecer possibilidades para a observação da natureza.”
Para terminar, porém bem distante do fim, imagino que devemos estar deixando nossos arquitetos/ paisagistas de cabelos em pé (risos). Mas tendo cada dia mais certeza do que realmente nos fará felizes, para sempre!
Um abençoado fim de semana para cada um.
Beijos, beijos.
Maria F. Mazzer
Desejar um mundo melhor é tentar ao máximo viver em harmonia com todos os seres, tanto animal, quanto vegetal. Respeitando e compreendendo a importância de cada um em sua particular existência. Para irmos ainda mais além, desejar um mundo melhor é tentar ao máximo passar isso para nossas crianças, mesmo elas nem sendo tão nossas (eu mesma não tenho nenhuma), então aos poucos sim, notaremos grande melhoria. Nosso futuro não tão distante depende do agora e nossas crianças dependem do futuro (bem mais distante que o nosso) que estamos preparando para elas. Pensem nisso! Talvez você nem tenha planos de um dia ter uma casa sustentável, mas pode começar desde já, contribuindo com a separação do seu lixo para reciclagem e economizando água e energia, por onde quer que você vá. Viva com amor!