
É… Acho que a sustentabilidade me contagiou!
Porque, né?!? Não tenho falado em outra coisa, há 3 posts seguidos! (risos). 3 com este, tá? Então vamos aos detalhes…
O Baba (Baba, para quem não sabe, é meu marido) descobriu um programa muito gostoso de ver, para quem tiver TV por assinatura, fica aqui a dica: canal +Globosat, programa Arquitetura Verde, que vai ao ar todas as sextas-feiras, às 21h.
Pelo nome vocês já concluem que o contexto da programação tem a ver com sustentabilidade, e é isso mesmo. Mas o que eu achei mais legal é que, em partes, ele trata de uma sustentabilidade possível, acessível. Porque infelizmente, muita coisa ligada à este assunto ainda requer certo investimento.
No ultimo episódio que assistimos apareceu esta luminária da foto acima, a Luminária Fluor, como foi batizada. A peça foi criada pelo escritório Maurício Arruda Arquitetos + Designers, e a parte mais interessante é que ela não é vendida assim como aparece na imagem. Não é difícil de perceber que sua estrutura é composta por lâmpadas fluorescentes (queimadas – e vem daí a ideia sustentável, a reutilização). Mas para compor a luminária, as lâmpadas fluorescente tubulares queimadas, que se encaixam na estrutura, devem ser coletadas pelo próprio usuário. Devido a dois diferentes tamanhos de lâmpada, a luminária pode ser encontrada em duas medidas: P e G, e a estrutura é composta de compensado de madeira e mais 6 ou 7 peças de lâmpada, respectivamente. A luminária é comercializada desmontada, contendo além da estrutura de madeira, apenas o kit elétrico.
As lâmpadas fluorescentes tubulares contem pequenas quantidades, apesar de sua alta toxidade, do elemento químico mercúrio. No Brasil são consumidas cerca de 100 milhões de lâmpadas fluorescentes por ano. Desse total, 94% são descartadas em aterros sanitários, sem nenhum tipo de tratamento, contaminando o solo e a água com o metal pesado quando o vidro se rompe, infectando adultos e crianças que manuseiam essas lâmpadas nesses locais.
Devido a baixa porcentagem de reciclagem desse tipo de lâmpadas é normal encontrá-las em lixeiras de prédios residenciais e comerciais, caçambas ou mesmo nas ruas após sua natural substituição quando queimadas. A ideia é que o usuário se torne um agente reciclador dese material, coletando lâmpadas queimadas nesses locais, compondo uma espécie de cúpula de vidro leitoso para a luminária. Essa ação pretende despertar a atenção para a importância social e ambiental da reciclagem desse material potencialmente tóxico em nossas cidades. Fabricadas usualmente em dois comprimentos – 60 e 120 cm, essas medidas definem os dois diferentes tamanhos das luminárias.
Esta peça não possui direitos autorais reservados. Ao contrário, leva o selo COPYLEFT. Ou seja, o inventor incentiva a cópia, sem fins lucrativos desse objeto, disponibilizando o projeto executivo da estrutura de madeira no site, com o objetivo de despertar no maior número de pessoas o interesse pelo reuso desse material.
Faça a sua Fluor:
Pequena
Grande
Para quem não achou lá grande beleza, o criador logo adianta: a peça não é para ser linda, mas sim, sustentável!
E eu, do meu humilde ponto de vista concluo: e tem como separar uma coisa da outra? Eu acho lindo a sustentabilidade! (risos) Amei a ideia, a intenção, o trabalho, enfim, deixo aqui meus aplausos!
Beijos, beijos e uma ótima quinta-feira!
Mas e você? Como já cantou por aqui, nossa banda local Kicking Bullets: “Qual o teu papel na arquitetura de um mundo novo?”
Na medida do possível, faça a diferença!
Maria F. Mazzer
Curtir isso:
Curtir Carregando...
Tags:luminaria fluor, sustentabilidade