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Costa dos Corais – Alagoas

19 dez

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Como disse no post da semana passada, nós tiramos férias! A gente ama tirar férias, antes das férias (risos). Preferimos períodos mais calmos, sem muito tumulto. Em outras palavras: procuramos fugir um pouco da alta temporada, sempre que possível.

Desta vez queríamos realmente descansar e estávamos com saudades do calor, do mar… Lembram que nossa última viagem foi abaixo de 0°C? Pois bem… Fora isso, tínhamos milhas acumuladas para trocar por passagens aéreas nacionais, então optamos por ir conhecer Alagoas. Mais especificamente Maragogi e São Miguel dos Milagres, que fazem parte da rota ecológica da costa dos corais.

Maragogi

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Grande parte dos turistas visitam Maragogi de forma relâmpago, fazendo bate-volta de Maceió ou Recife. A cidade fica praticamente no meio destas duas capitais, à uma distância de mais ou menos 125km, tanto de uma, quanto de outra.

Embora este trecho não seja tão grande, fazendo desta forma, torna-se um dia bastante cansativo e corre-se grande risco de não se aproveitar nada, devido à maré ou em relação ao tempo, que pode virar de repente. Você pode sair de Maceió ou Recife de madrugada (como faz a maioria dos passeios), enfrentar mais de duas horas de estrada e não conseguir fazer em tempo de uma boa maré ou então, chegar debaixo de chuva, o que impossibilita um bom aproveitamento das piscinas naturais, que é o principal passeio de Maragogi.

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Optando por hospedar-se em Maragogi você tem o privilégio de desfrutar das piscinas naturais até mais de uma vez, se for o caso, e também conhecer as praias da redondeza, que são belíssimas! Minha preferida foi a Praia de Ponta do Mangue, que na maré baixa forma uma piscina calminha de águas em tom verde-claro, como eu nunca tinha visto.

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Nós optamos por hospedar-nos mais próximo ao centrinho da cidade, mas as praias mais afastadas são indiscutivelmente mais lindas. Se fosse para voltarmos, ficaríamos em alguma delas, longe da cidade. Mesmo porquê, alugamos um carro para todo o período, e é sobre isso que vou falar agora…

Aluguel de carro

Gostamos tanto de ter alugado um carro em nossa ultima viagem (à Bariloche), que decidimos repetir o feito. Na verdade, eu que sou mais “bundona” sobre estas questões de alugar carro em lugares desconhecidos por nós. Mas confesso que estou mudando de opinião (risos).

Deixamos reservado um carro para retirarmos na nossa chegada em Maceió, no próprio aeroporto. Para tal, usamos este site e optamos pela Unidas, locadora de veículos. Eu recomendo tanto este site, que reuni todas as locadoras de veículos presentes no aeroporto de Maceió, quanto a Unidas, pela qualidade do serviço prestado e boas condições do automóvel.

Valor médio de uma diária: R$ 100,00, para um carro com direção hidráulica e ar-condicionado.

Foi um ótimo negócio para nós, tendo em vista que um transfer Maceió – Maragogi, ida e volta, sairia por R$ 440,00 para o casal. Isso sem contar as idas e vindas às demais praias da região, restaurantes diversos e depois, o deslocamento até São Miguel dos Milagres. Resumindo: estávamos livres! Livres para fazermos o que quiser, quando quiser. Se é muito difícil dirigir por lá? Sair de Maceió? Nada, nadinha. Por incrível que pareça, não nos perdemos nenhuma vez! (risos)

São Miguel dos Milagres

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Chega ser engraçado quando dizemos para os outros que fomos pra São Miguel. A cara de interrogação é quase geral. Que? Onde fica isso? O que tem pra fazer lá?

São Miguel fica à uns 50km de distância ao sul de Maragogi ou à uns 90km ao norte de Maceió.

A cidade tem se tornado pouco conhecida entre os apreciadores da música eletrônica, pois já tem alguns anos que é organizado por lá reveillons (é possível este plural?) para este público. Fora isso, poucas pessoas já ouviram falar.

Grande assim, até hoje eu só tinha visto onde menos deveriam estar: nas "lojinhas". São Miguel dos Milagres/AL - Brasil

Grande assim, até hoje eu só tinha visto onde menos deveriam estar: nas “lojinhas”. São Miguel dos Milagres/AL – Brasil

Na verdade não há muito o que se fazer por lá, mas fazer nada lá é realmente muito bom! A infra-estrutura é pouca ou quase nada, resumida apenas à ótimas pousadas, de charme, em sua maioria. Ficamos hospedados na Pousada Infinito Mar e eu super recomendo!

A quantidade de restaurantes também é pouca, por este motivo, a maioria das pousadas abrem seus restaurantes ao público em geral, indiferente de serem hóspedes ou não. Fora isso, não deixem de ir em um restaurante chamado No Quintal, que é um aconchego só, em uma das muitas estradinhas de chão, e no Restaurante Luna, localizado à beira mar com o melhor cheesecake que eu já comi!

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Uma coisa é certa, São Miguel dos Milagres é para quem gosta de curtir a natureza, apreciar a beleza ainda pouco explorada e desacelerar a vida por um breve período de tempo. É um passeio romântico, para casais, em sua maioria. Nada a ver com baladas e vida noturna.

Acredito que seja isso. Espero que o post tenha sido válido para quem busca informações sobre estes destinos ou que tenha servido de inspiração para quem está à procura de um!

Tenham um lindo dia, com carinho!

Beijos, beijos.

Maria F. Mazzer

“Podemos viajar por todo o mundo em busca do que é belo, mas se já não o trouxermos conosco, nunca o encontraremos.” (Ralph Emerson)

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San Carlos de Bariloche – no inverno

13 set
Lago Nahuel Huapi - Bariloche - Argentina

Lago Nahuel Huapi – Bariloche – Argentina

San Carlos de Bariloche, para resumir: Bariloche. Uma só cidade em algumas versões, foi o que descobrimos numa recente viagem para lá. A cidade está localizada junto à Cordilheira dos Andes na fronteira com o Chile e é rodeada por lagos e montanhas, sendo considerada parte inicial da Patagônia Argentina, embora muitos desconheçam esta informação. As belas paisagens que nos fazem perder o fôlego não são à toa, além de todas as referências de localização citadas acima, Bariloche está inserida em um parque ecológico, o Parque Nacional Nahuel Huapi, que leva o nome de seu lago principal.

Da parte dos hotéis:
Quando comecei a pesquisa para elaborarmos nosso roteiro, me deparei com um mundo de hotéis. Um bom tanto aglomerado no centro e alguns muitos, espalhados pelos arredores. E daí? Onde ficar? Hospedar-se num hotel pertinho de “tudo”, onde se pode frequentar lojinhas e restaurantes a pé ou ficar um pouco mais afastado e mergulhar num incrível contato com a natureza? Na dúvida, fique com os dois. Esta ideia foi do meu marido e assim fizemos. Em oito noites de estadia, optamos por ficar no centro nas três primeiras e depois fomos para mais próximo das montanhas, à beira de um dos muitos lagos: o Gutiérrez. Qual a melhor opção? Aí vai depender única e exclusivamente do gosto de cada um. Nós amamos a natureza! E uma coisa é fato: são dois modos de viver Bariloche completamente diferentes.

Embora seja relativamente “barato” consumir em Bariloche, pela nossa moeda estar valendo três vezes mais do que a deles atualmente, os preços dos hotéis me assustaram. Talvez seja pelo mês que optamos em ir: agosto, talvez seja por grande parte já estar reservado quando fui procurar um para nós, ou talvez sejam caros mesmo! O hotel do centro, o Tres Reyes, eu achei, além de caro, muito mal conservado e o do Lago Gutiérrez, o Refugio del Lago, para nós foi encantador e um pouco mais em conta do que o outro. Mas é o tal negócio: é tudo questão de gosto e opinião. Algo que acho interessante observar em relação as tarifas de hotel na Argentina é que eles costumam cobrar 20% de imposto sobre o valor da diária. Então sempre observem, ao fechar o valor da estadia, se esta porcentagem já está inclusa ou não. Sites que usei para a reserva dos hotéis desta viagem: Booking e Decolar, recomendo! O site da Decolar também é ótimo para cotação e compra de passagens.

Lago Gutiérrez - Bariloche - Argentina

Lago Gutiérrez – Bariloche – Argentina

Da parte do transporte:
A cidade, embora seja pequena, conta com pontos de interesse um pouco afastados e o trasporte público “deixa a desejar”, foi o que me disseram por lá. Aí você vai precisar pagar por um taxi ou um remise (depois explico o que é remise) para te levar ou então, fechar passeios em grupo e ir de ônibus ou van, socorro! Mas, pela cidade ser pequena e conter vários lagos como pontos de referência, torna-se muito melhor a localização para se locomover facilmente. Em outras palavras: alugue um carro e seja feliz! Diárias a partir de uns R$ 120,00.
O que é remise? Remise é nada mais do que um taxi combinado. Ao invés daquele marcador para gerar o valor, o preço é combinado assim que você entra no carro. É isso. Mas voltei sem entender como o grupo de taxistas aceitam isso por lá.

Da parte da grana:
Eis que surge outra dúvida para quem vai viajar para Bariloche: que moeda levar? Dica para brasileiros: real ou dólar, menos peso. Leve em pesos o suficiente para uma emergência na chegada. Fora isso, o restante você troca por lá, sempre em condições melhores que aqui, ao longo da famosa Rua Mitre com os mesmos caras que ficam em frente às lojas oferecendo “roupas de nieve” para alugar. Sem contar que tem muitos lugares que aceitam real ou dólar como forma de pagamento, em conversões tão boas quanto.

Da parte do aluguel das “roupas de nieve”:
Não confunda: esquiar na neve com brincar na neve! E se você é daqueles que não irá à Bariloche apenas para esquiar, talvez seja tolice gastar tanto comprando calça e jaqueta impermeáveis, à prova de neve. Mas tudo vai depender de quantas vezes mais irá utilizar após a viagem , da sua vontade e do seu bolso, claro. Aí você também vai precisar de um bom calçado, de preferência impermeável ou resistente à umidade. Se você não tiver um, também tem pra alugar. Depois também tem aqueles óculos de proteção que, para quem vai apenas para “brincar” na neve, é obvio que não precisa. As luvas sim, estas são indispensáveis!
-Diária do traje completo (roupa, bota e luvas) para alugar: a partir de uns R$ 35,00.

Da parte da estação de esqui e o brincar na neve:
Mais uma vez eu repito que, uma coisa é brincar na neve, outra muito, mas muito diferente é esquiar na neve ou praticar snowboard, que seja.
-Para os profissionais ou para aqueles que se dispõem a tentar, eis o destino: Cerro Catedral. Eu disse: para profissionais ou para quem se puser a tentar! Coisa séria, nada de brincadeiras (risos). Cerro Catedral é apenas uma, das muitas colinas que rodeiam Bariloche, mas a única com uma estação de esqui profissional. Distante uns 20 quilômetros do centro, este Cerro é tão frequentado que dispõe de uma infraestrutura admirável: alugueis de roupas e equipamentos para a prática, lojas, cafés, restaurantes, além de uma farta opção de hospedagem. Formou-se ali praticamente uma cidade a parte, um vilarejo.
-Diárias para usufruir do complexo a partir de R$ 70,00, sendo este valor para o uso das pistas para iniciantes. Ou então, R$ 120,00 para usar toda a infraestrutura.
-Diária dos equipamentos para esquiar: a partir de uns R$ 40,00.
-Aula particular com duração de duas horas para iniciantes: a partir de R$ 240,00.
-Para brincar na neve, principalmente para aqueles que viajam em família, com filhos até a idade adolescente, nada melhor do que ir para Piedras Blancas. Não muito distante do centro, acredito que uns seis quilômetros mais ou menos, e com várias opções de atividades, como: esquibunda, teleférico, passeio de “trenó” e esqui para iniciantes. Diversão garantida! Só não me lembro sobre os valores, pois paga-se separadamente por atividade.

Cerro Catedral - Argentina

Cerro Catedral – Argentina

Piedras Blancas - Bariloche - Argentina

Piedras Blancas – Bariloche – Argentina

Dos demais cerros à disposição:
Cerro Otto: a subida é por meio de teleférico. Lá de cima, além da bela vista, você encontra um restaurante/café giratório, ótimo para apreciar toda a paisagem enquanto você come. Além disso, também existe um pouco de diversão: em Cerro Otto, quando a neve permite, também é possível a prática do esquibunda. Fácil e divertido!
Cerro Campanario: assim como em Cerro Otto, a subida também se dá por meio de teleférico. Lá em cima também tem um restaurante/café, porém um pouco mais modesto que em Cerro Otto. Mas a vista compensa qualquer coisa: lá de cima, uma das mais lindas de Bariloche. Passeio rápido e surpreendente.

Cerro Otto - Bariloche - Argentina

Cerro Otto – Bariloche – Argentina

Cerro Campanario - Bariloche - Argentina

Cerro Campanario – Bariloche – Argentina

Dos demais pontos de interesse:
-Na cidade, vocês ouvirão muito falar sobre a Calle Mitre, que é a rua principal de Bariloche, onde localiza-se várias lojas de artigos variados como roupas, calçados e acessórios, além de muito chocolate, já que estes são fabricados por lá mesmo.
-O centro cívico, que se encontra na continuação da Calle Mitre, também é considerado como ponto turístico, embora não tenha nada demais, além dos cachorros São Bernardo esperando para tirar uma foto com você, (vejam abaixo – risos) e o Museu da Patagônia.
-Para quem gosta de visitas à museus, outro que se destaca em Bariloche é o Museu Paleontológico.
-A Catedral da cidade também é muito bonita, para quem se interessar.
-Existem alguns passeios pelos arredores de Bariloche, dos quais estão inseridos no Parque Nacional, entre eles, o passeio Chico, que pode ser feito de carro, caso você alugue um. As paisagens deste trajeto são fascinantes.

Centro Cívico - Bariloche - Argentina

Centro Cívico – Bariloche – Argentina

Bariloche - Argentina

Bariloche – Argentina

Catedral de Bariloche - Argentina

Catedral de Bariloche – Argentina

Da parte dos restaurantes:
Para quem curte uma boa carne, Argentina é um prato cheio! De um modo geral, come-se muito bem.
Talvez vocês nunca tenham reparado, mas salvo algumas exceções, não sou muito de indicar restaurantes em minhas viagens. Eu mesma quando viajo, como pelo caminho (risos). É mais ou menos isso mesmo: como conforme dá e onde convém, sem perder tempo de ficar procurando qual. Mas Bariloche é uma cidade pequena, aí já facilita um pouco. Peguei algumas dicas antes de ir e estes foram os mais citados: Familia Weiss e El Boliche de Alberto. Conseguimos ir no Familia Weiss. O Boliche, que na verdade não tem boliche, havia constantes filas com espera de uma hora para ser atendido. Aí vem a parte da perda de tempo… Enfrentar filas em nossa rotina diária, somos obrigados a aceitar, mas nas férias… Acho que não, né? Enfim… O Weiss eu também recomendo e o Boliche, apesar de não termos ido, tivemos muito boas referências.
Além destas duas tradicionais indicações, recomendo muito um outro restaurante: o Kandahar: lugar muito aconchegante com paredes rústicas e cortinas de veludo, todo à meia luz. Puro romantismo e comida de primeira.

É isso, meu povo! Espero ter ajudado quem precisa de ajuda ou ter inspirado quem precisa de inspiração. Como diz o título: fomos no inverno. Mas confesso, voltamos morrendo de vontade de retornar no verão, com passeios totalmente diferentes mas igualmente encantadores, consigo até imaginar.

Beijos, beijos. Abraços, abraços. Aproveitem bem o fim de semana!

Maria F. Mazzer

Estamos no face: Afe, Maria!

Quando eu fui pra Turquia – Pamukkale

14 ago
Parece gelo, mas pessoalmente a textura se assemelha às conchinhas do mar. É duro, não escorrega e a água é quentinha. Pamukkale - Turquia.

Parece gelo, mas pessoalmente a textura se assemelha às conchinhas do mar. É duro, não escorrega e a água é quentinha. Pamukkale – Turquia.

A força do pensamento atrai. Você pode até não acreditar, mas se parar para analisar, pode ser que encontre algum sentido nisso.

Um dia cheguei em casa e isso nem faz tanto tempo – me lembro que já era casada – liguei a TV, coisa que nem costumo fazer. Passava um documentário sobre um lugar turístico, mas já estava no finalzinho. Não tive tempo de saber onde era e nem o nome sequer, então fiquei apenas admirando as imagens.

Sonhei em um dia poder estar naquele lugar, mas foi um sonho mesmo, só que eu estava acordada. Me lembro perfeitamente em ter pensado assim: “Nossa, imagina um dia, eu poder colocar meus pés neste paraíso? Mas deve ser muito difícil. Um lugar tão diferente que eu nunca vi antes e nem sei dizer onde fica. É, seria realmente um sonho, parece o céu!”

Quando meu marido chegou em casa, até contei pra ele do lugar lindo, mas sem dar maiores detalhes, pois eu nem tinha. Só sabia dizer que era lindo e que parecia o céu, pelo menos o meu céu.

O tempo passou… E confesso que eu nem pensava mais no lugar lindo. Quando que de repente, decidimos ir para Turquia!

Quando a gente decide ir para algum lugar, levamos isso a sério (risos)! Na verdade, eu que levo mais a sério e meu marido meio que se aproveita da situação – “vai no embalo” (mais risos). É que gostamos de viajar de forma independente e isso requer um estudo antecipado da situação: como ir, quando ir, quanto tempo ficar, o que conhecer, enfim. E foi nesta hora que descobri o nome do lugar lindo: Pamukkale. Para minha surpresa, fica na Turquia! Foi muito emocionante! Bateu uma alegria sem tamanho e depois uma preocupação, ao olhar no mapa e ver o tamanho do trajeto que teríamos que percorrer a mais “apenas” para conhecer Pamukkale. Mas… Sonho é sonho e eu não poderia deixar escapar esta oportunidade.

Portanto, retomando nosso roteiro, antes de irmos para Pamukkale, estávamos na Capadócia, lembra? Se não se lembrar, pode ver aqui. E como ir da Capadócia para Pamukkale? Eis a questão! Bem, são duas as possibilidades mais óbvias: ônibus de linha ou avião. Se optar em ir de avião, estando na Capadócia, você pegaria o vôo de Kayseri até Denizli. De Denizli tomaria um táxi até Pamukkale. Mas esta passagem aérea estava muito cara. Para terem uma noção, estava quase tão cara quanto a que pagamos para irmos de Paris para Capadócia, ou seja, inviável! E outra, nenhum dos vôos deste percurso é direto e embora seja mais rápido, ainda perde-se muito tempo com horários inviáveis. De ônibus demora absurdamente mais, claro! Umas 10 horas, aproximadamente. Mas é bem mais eficiente e barato. Pagamos apenas R$ 90,00 para nós dois! As poltronas não eram lá muito confortáveis para uma noite inteira de estrada (saímos as 21h e chegamos as 7h), mas o ônibus estava em condições muito boas, bem novinho, por sinal. Empresa rodoviária: Metro.

Roteiro: Capadócia (via Kayseri), Pamukkale (via Denizli e Istambul.

Roteiro: Capadócia (via Kayseri), Pamukkale (via Denizli e Istambul.

Aí, se você opta em ir de ônibus, estando em Goreme, você pode pegar o ônibus em Goreme mesmo, no centrinho. E o desfecho do transporte é quase uma piada: depois de rodarmos as aproximadas 10 horas de ônibus, o motorista parou do nada em uma rodovia. Não havia nenhuma estação ou nenhum ponto de ônibus se quer. Quem fosse para Pamukkale, era para descer, disse o cara. Descemos e inacreditavelmente, também do nada chegou uma van que continuou nosso trajeto, tudo incluso nos R$ 45,00 por passageiro. A van nos levou até a central da companhia Metro, em Pamukkale, onde pudemos deixar nossa bagagem para então desbravarmos Pamukkale livremente.

Ok, de ônibus é bem mais barato, já provei para vocês. E a parte eficiente eu vou provar agora: tendo em vista que apenas um dia (ou até menos) é o suficiente para conhecer Pamukkale, o horário de ônibus é muito mais viável, desde que você esteja disposto a passar uma noite inteirinha dentro dele, como já disse acima. De ônibus você chega cedinho, conhece todo o local e ainda, se tiver sorte, pode optar por continuar o roteiro até Istambul, de avião (trecho direto em apenas 1 horinha), com preço irresistível. Acreditem: para este percurso, conseguimos o mesmo valor da tarifa do ônibus: R$ 45,00 por pessoa, com as taxas! Foi quase um sonho: saímos de Denizli no vôo das 19:15h e as 20:20h já estávamos em Istambul.

Ah! E não se esqueça da dica que já havia dado no post da Capadócia: se você é daqueles que se aventura em organizar sua própria viagem, compre as passagens para Turquia ou as passagens para utilizar dentro da Turquia diretamente da empresa aérea Turkish Airlines.

Achei importante relatar a forma do percurso, pois existe bastante dificuldade nesta etapa, para quem prefere viajar por conta própria. Mas agora vamos falar da beleza…

Em uma pesquisa rápida, segundo o wikipedia: Pamukkale (“castelo de algodão”, em turco) é um conjunto de piscinas termais de origem calcária que com o passar dos séculos formaram bacias gigantescas de água que descem em cascata numa colina, situado próximo a Denizli, na Turquia. A formação do Pamukkale deve-se aos locais térmicos quentes por baixo do monte que provocam o derrame de carbonato de cálcio, que depois solidifica como mármore travertino. Foi declarado Património Mundial da UNESCO juntamente com Hierápolis em 1988.

Para ter acesso à esta colina, paga-se uma tarifa de entrada e você pode passar o dia no lugar, sem a presença de guia. As piscinas são lindas, de perder o fôlego, mesmo! Mas… Por opção da natureza ou/e mais ainda por interferências humanas, sim, elas estão secando! Pessoalmente observa-se que boa parte delas já estão secas, uma lástima! Das que ainda tem água, em partes eles permitem a entrada para banho, em outras, não. Tem também uma piscina maior que você pode pagar um valor a parte para desfrutar da água termal. Toda água de Pamukkale é termal e considerada medicinal.

Do alto. Vejam o tanto de "piscinas" sem água... Infelizmente.

Do alto. Vejam o tanto de “piscinas” sem água… Infelizmente. Pamukkale – Turquia.

A piscina. Pamukkale - Turquia.

A piscina. Pamukkale – Turquia.

Um espetáculo da natureza! Pamukkale - Turquia

Um espetáculo da natureza! Pamukkale – Turquia

Pamukkale - Turquia.

Pamukkale – Turquia.

Pamukkale - Turquia.

Pamukkale – Turquia.

Quem entra para visitar Pamukkale também tem o privilégio de conhecer as ruínas de Hierapólis. Em outra pesquisa rápida ao wikipedia: Hierapólis é uma antiga cidade perto da cidade de Denizli, na Turquia. Foi fundada por Eumenes II, rei de Pérgamo, no século II a.C. Nesta cidade residiram Papias, discípulo de São João, e Epíteto, filósofo estóico. Lá ficam, entre outros monumentos, o Martírio de São Felipe, túmulo construído no século V, segundo um complexo plano da época bizantina (quarto octogonal, formando uma cruz dupla, rodeado por uma praça) e o Teatro Romano. A cidade foi, em conjunto com o Pamukkale, declarada Património Mundial da UNESCO.

As ruínas de Hierápolis - Turquia.

As ruínas de Hierápolis – Turquia.

As ruínas de Hierápolis - Turquia.

As ruínas de Hierápolis – Turquia.

As ruínas de Hierápolis - Turquia.

As ruínas de Hierápolis – Turquia.

Resumidamente, passar o dia em Pamukkale/ Hierápolis foi uma experiência única! Valeu cada quilômetro rodado a mais, valeu cada momento de cansaço. É muita história para viver!

Um grande beijo, meus queridos. Sobre a Turquia, ainda falta falar de Istambul, num próximo post, em breve. Aguardem.

Beijos, beijos e boa quarta-feira.

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Maria F. Mazzer

Quando eu fui pra Turquia – Capadócia

7 ago
Roteiro: Capadócia (via Kayseri), Pamukkale (via Denizli e Istambul.

Roteiro: Capadócia (via Kayseri), Pamukkale (via Denizli) e Istambul.

Estive na Turquia no final do ano passado e até hoje é comum as pessoas me perguntarem: “Por que, Turquia?”. Seria mais ou menos assim… Com tantos lugares para conhecer no mundo, por que alguém escolheria ir pra lá?

Na verdade a gente (meu marido e eu) não tem lugares pré definidos para visitar. Vamos de acordo com a estação e condições: tanto de tempo quanto financeiras, e então decidimos por eliminação. Claro que depois de algumas opções, temos nossas preferências, mas para quem sonha em conhecer o mundo, todo cantinho pode fazer parte. (risos)

Mas vamos ao que interessa: algumas dicas e observações.

Existe muito o que visitar na Turquia. O país é riquíssimo, tanto de história quanto de diversidade geográfica. Como fomos no inverno, deixamos o litoral para uma próxima oportunidade e decidimos fazer: Capadócia, Pamukkale e Istambul, necessariamente nesta ordem. Digo isso porque a maioria dos roteiros que estive olhando antes de criar o nosso, fazia Istambul por etapas. Chegava-se por Istambul, conhecia a cidade por uns dois dias, então pegava-se um transporte para Capadócia ou Pamukkale e depois voltava para Istambul e aproveitava mais uns dois dias antes de ir embora. Na minha opinião: pura perda de tempo! Então, para quem puder, deixe Istambul para o final. Modéstia a parte, nosso roteiro ficou dez e quem quiser, está aqui para servir de inspiração.

Se você é daqueles que se aventura em organizar sua própria viagem, vai aqui uma boa dica: compre as passagens para Turquia ou as passagens para utilizar dentro da Turquia diretamente da empresa aérea Turkish Airlines. Você pode conseguir condições de preços imbatíveis!

Capadócia:

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Primeiro vale dizer que a Capadócia é uma região que fica no centro da Turquia e não uma cidade, como alguns pensam. A região é composta de algumas cidadezinhas que estão bem preparadas para o turismo, com muitas opções de hospedagem, entre elas: Göreme, Nevsehir, Uçhisar e Urgup. Nós optamos por ficar em Goreme e eu recomendo.

Existe algumas formas para se chegar na Capadócia e a melhor, no meu ponto de vista, foi pegar um vôo até Kayseri, que fica a pouco mais de uma hora de distância de carro de Goreme. Fechamos todo o traslado diretamente com o hotel. Nos hospedamos no Traveller´s Cave, que eu também super recomendo! Comprei as diárias pelo Booking e depois entrei em contato com o hotel via e-mail para me apresentar e pedir as orientações. O inglês funciona bem, graças! Então eles agendaram nosso transfer e disseram que os demais agendamentos (passeios) poderiam ser feitos todos por lá, na hora, com a orientação deles.

Traveller's Cave Hotel, Capadócia - Turquia

Traveller’s Cave Hotel, Capadócia – Turquia

Dito e feito! Não necessitamos de nos preocupar com absolutamente nada! Tudo que precisamos referente a passeios e meios de transporte foi feito a partir do hotel e seu responsável, Bekir Coşkun, um homem muito prestativo.

Para Capadócia, de três a quatro dias são o suficiente. O passeio de vôo de balão, o mais conhecido, tem saídas diárias e bem cedinho. Em determinadas épocas do ano tem saídas de tarde também, mas não enquanto nós estivemos por lá. Se vale a pena? Muito! Quanto custa? Aproximadamente R$ 450,00 por pessoa. Voamos pela Buterfly Balloons (recomendo!), num cesto com capacidade para 16 pessoas e foi uma experiência única. Para ser sincera, eu sempre sonhei em voar de balão, mas nem nos meus melhores sonhos imaginei que pudesse ter sido como foi.

Butterfly Balloons, Capadócia - Turquia

Butterfly Balloons, Capadócia – Turquia

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Digo que também vale muitíssimo a pena conhecer alguma das cidades subterrâneas. Visitamos a Derinkuyu, que é bem interessante. Alguns livros registram que em tempos antigos chegou a habitar o local cerca de quinze mil pessoas. O lugar não é claustrofóbico, pode ir sem medo.

Derinkuyu, cidade subterrânea. Capadócia - Turquia

Derinkuyu, cidade subterrânea. Capadócia – Turquia

Existe alguns roteiros guiados que visitam determinados pontos da Capadócia. O trajeto passa por mirantes, um lindo canyon, mosteiro e a cidade subterrânea que citei acima. Na verdade, nossa intenção era conhecer alguns locais de bike, pois existe esta opção, de alugar bicicletas. Mas pegamos dias de constante garoa, o que tornou a intenção inviável.

Em Goreme tem um museu a céu aberto que é bem legal de conhecer. E para quem optar por se hospedar em Goreme, pode até mesmo ir a pé. Nós fizemos isso, mesmo com os chuviscos. Para quem gosta do contato com os locais, eu recomendo muito. É comum ver pessoas vendendo frutas, sucos, sementes e souvenires, de um jeito bastante simples, mas com muito afeto a atenção com o turista.

Museu a céu aberto em Goreme, Capadócia - Turquia

Museu a céu aberto em Goreme, Capadócia – Turquia

De todos os lugares que passamos na Turquia, a Capadócia, de longe foi o que mais me marcou. A impressão era de estar vivendo num cartão postal. Numa vida totalmente pacata e sem possibilidade e nem um pingo de intenção de crescimento ou modernização. Para mim foi bem chocante, afinal, chegamos na Turquia pela Capadócia, então imaginem… Não que eu não tenha gostado de Istambul e Pamukkale, longe disso. Mas Istambul, querendo ou não, é uma metrópole, com características de metrópole e Pamukkale… Ah, Pamukkale é um caso a parte, que falarei num próximo post. Até lá!

Beijos, beijos.

Maria F. Mazzer

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Paris je t’aime!

5 jun

Descobri minha paixão por Paris desde a primeira vez que a conheci…

Mesmo depois de uma semana chuvosa na cidade, voltei encantada. Por isso que tive a certeza de que realmente era amor! (risos)

Confesso que nunca gostei de dias de chuva, muito menos de dias gelados. Mas depois de Paris… Tudo mudou! Sim, eu prefiro ser… Esta metamorfose ambulante… Do que ter aquela opinião formada sobre tudo!

De lá pra cá pude ter a certeza de que nós mulheres podemos, sim, nos mantermos lindas e elegantes mesmo nestas ocasiões. Pode parecer estranho, mas antes eu pensava que não.

Voltar pra lá depois de uns anos foi apenas para reafirmar esta questão… Eu amo Paris! Tenho a certeza disso diante das deliciosas sensações que sinto ao me lembrar desta cidade que me faz tão feliz.

Desta vez foram apenas três dias. Tá bom, para quem já conhece, tá bom! Afinal de contas, a proposta era esta mesmo: apenas matar um pouco a saudade. Ou seria: apenas para aumentar um pouco a saudade? (risos) É… A saudade… Inevitável!

Paris é grandiosa, de monumentos grandiosos! Tudo é demais, imponente demais! Para mim, é de tirar o fôlego! De dar frio na barriga e lacrimejar os olhos… É… É tipo paixão!

Me considero até suspeita em falar sobre Paris, por ser esta apaixonada confessa! Até meu marido se entregou aos encantos da cidade, mesmo depois de ter me dito uma vez que em sua primeira visita (sem minha pessoa) ele não teria achado muita graça. Ah, mas que falta de respeito! (risos)

Sobre as dicas, para quem quer apenas um ‘basicão’, dá pra se fazer bastante coisa em apenas três dias. E para quem gosta de andar a pé, também há esta possibilidade, apesar da cidade ser um pouco exagerada. Alguns dos principais pontos de interesse ficam relativamente próximos, como:

Torre Eiffel: Linda! Principal cartão postal, sem sombra de dúvidas. Se tiveres tempo, suba. São dois os níveis possíveis de acesso, com preços diferentes, claro. Mas se tiveres tempo, vá até o mais alto e aprecie a cidade, de cima. Não me perguntem quanto estão os valores, não tenho esta resposta, pois não tive este privilégio desta vez. E vou dizer: se não tiveres tempo se sobra, não suba! As filas para entrada costumam ser longas, e muito mais legal (na minha humilde opinião) do que vê-la de cima, é senti-la, de baixo.

Torre Eiffel - Paris

Torre Eiffel – Paris

Les Invalides: Uma construção para se admirar, onde já chegou a abrigar 6.000 soldados na época da primeira guerra mundial. Atualmente está aberto para visitação, contando com um dos mais completos museus de história militar do mundo. O local também abriga o túmulo de Napoleão, podendo ser visitado. Se tiveres tempo, vale muito a pena a visita. Se não, ao menos aprecie de fora. Sua cúpula dourada é o que mais chama a atenção.

Les Invalides - Paris

Les Invalides – Paris

Arco do Triunfo: Uma eterna homenagem aos soldados de guerra. Dá para olhar de fora, mas também pode-se avistar de cima, tendo uma boa vista da famosa avenida Champs-Elysées.

Arco do Triunfo - Paris

Arco do Triunfo – Paris

Champs-Elysées: Uma das avenidas mais glamourosas do mundo, sem sombra de dúvidas. Com restaurantes e lojas que atendem desde os gostos mais simples aos mais requintados.

Champs-Elysées - Paris

Champs-Elysées – Paris

Jardin des Tuileries: Um lindo jardim neoclássico, bastante frequentado em dias de sol, contando com deliciosas cadeiras para, quem puder, poder ler um bom livro ou apenas relaxar. Sou apaixonada por este lugar. Ao lado do Museu do Louvre.

Jardin des Tuileries - Paris

Jardin des Tuileries – Paris

Museu do Louvre: Um gigante acervo de arte. Se você é do tipo que entende sobre isso, pode se apaixonar e gastar todo um dia para visitar quase tudo. Mas, se você não é do tipo que aprecia, vai achar tudo bem cansativo e dispensar a visita de boa parte das obras. Para uma visita mais dinâmica, escolha antecipadamente os pontos de maior interesse.

Museu do Louvre - Paris

Museu do Louvre – Paris

Île de la Cité: É nesta ilha, que fica no coração da cidade, onde vivia uma tribo celta no século 3º a. C., chamada Parisii, a qual originou o nome da capital francesa.

Catedral de Notre-Dame: por fora é linda, mas por dentro, é ainda mais bela! Não sei se porquê quando entrei nela pela primeira vez, estava sendo celebrada uma missa com cantos lindíssimos, mas esta é uma das igrejas que mais me marcou, de todas que já estive. Fica na ilha citada acima e vale demais a visita!

Para quem tiver a oportunidade de um maior tempo de estadia, indico também:

Centre Pompidou: principalmente para os amantes de arquitetura.

La Basilique du Sacré Coeur de Montmartre: Montmarte é um bairro incrível, cercado por artistas exibindo seus feitos pelas ruas. É também nele que está localizada a lindíssima e famosa Basílica de Sacré Coeur.

La Basilique du Sacré Coeur de Montmartre - Paris

La Basilique du Sacré Coeur de Montmartre – Paris

Palácio de Versailles

Disneylândia de Paris
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É, vou parando por aqui… E quem também tiver dicas sobre Paris, de lugares diferentes dos que citei aqui, por favor me envie. Certamente voltarei!

Bom dia, boa quarta-feira! Beijos, beijos.

Maria F. Mazzer

Amsterdam: sexo, ‘drogas’ e… FEBO

6 fev
The Grasshopper - Coffeeshop

The Grasshopper – Coffeeshop

Nem ‘só’ de belos canais, tulipas, museus, arquitetura encantadora (goticamente romântica) e arte, vive Amsterdam.

Amsterdam também tem sido muito procurada por pessoas interessadas naquele seu outro lado mais descolado, que igualmente a torna famosa: sexo e ‘drogas’. Além da grande tolerância ao homossexualismo.

O sexo lá é levado à sério, como profissão. São muitas vitrines de mulheres, espalhadas pelas ruas do Red Ligth District (Bairro da Luz Vermelha), que atraem todas as noites, desde turistas curiosos, aos realmente interessados pelo ‘produto’. As vitrines, iluminadas (identificadas) com uma luz fluorescente vermelha, são pequenas e cada profissional tem a sua. Dá para notar que é o tamanho suficiente para um quartinho com banheiro no fundo. Para quem vê de fora, tudo se esconde atrás de uma cortina. Cortina fechada, trabalho negociado. Os preços variam entre 30 e 50 euros. Para se oferecerem, as meninas gostam de ficar bem a vontade, com roupas íntimas e não permitem fotos. Para provocar os clientes que passam, elas se insinuam, chegando até a mostrar um poco mais. As ‘negociações’ são normalmente assistidas de longe, por indiscretos. Algumas preferem ficar na calçada, chamando mais atenção ou conversando com a amiga da vitrine ao lado.

Além deste tipo de comércio sexual, é comum ver anúncios de shows de sexo e strip, espalhados pelas ruas. E ainda ligado à este assunto, se você quiser, também pode ter relações com seu próprio parceiro nos parques da cidade, ao ar livre, desde que seja de noite e longe da vista de outros, principalmente das crianças.

‘Drogas’, com ‘aspas’, porque a coisa não é bem assim, como seus pais pensam, né?!? A maconha é liberada, sim, e ponto. O resto, não. Ela está a venda nos famosos coffeeshops, podendo ser comprada a granel ou pronto uso, bolada. São muitos coffeeshops, que atraem todo tipo de gente, afinal, lá não se vende apenas maconha, claro. Mas geralmente também não se vende bebidas alcoólicas. Vendem coisas que cafés vendem, em uma menor proporção, além dos famosos space cakes, que são uns bolinhos, geralmente de chocolate, com maconha na composição.

Um café da manhã no The Bulldog.

Um café da manhã no The Bulldog.

Nos coffeeshops, a maconha é separada por nomes, cada uma tem o seu. Se é verdade que existe cardápio para isso? Sim, é verdade. São diferentes tipos da planta e é muito curioso de ver. Em alguns cafés também vende-se as sementes, para quem se interessa em cultivá-las.

Você compra a maconha, mas não pode sair fumando. Teoricamente pode-se fumar apenas nos coffeeshops, mas dá pra notar pessoas fumando fora deles, principalmente nos parques. Ninguém denuncia, já que portar uma pequena quantidade da erva, para uso próprio, é legal.

É muito difícil, quase impossível, eu diria, você entrar em um coffeeshop e não sentir o aroma de um baseado queimando no ar. Portanto, se você considera isso como algo fora do seu contexto, nem se atreva a visitar. Alguns coffeeshops dispõem de mesas na calçada, como é o caso do The Bullldog, da Praça Leidse, e você nem precisa entrar para ver pessoas queimando ou bolando um, basta apenas passar em frente.

The Bulldog - Praça Leidse

The Bulldog – Praça Leidse

Certo ou errado? Aí vai depender da opinião de cada um. Amsterdam é assim, meio liberal, e se você estiver planejando conhecê-la, deve estar ciente disso. A cidade como um todo é mais despojada, as pessoas (habitantes) aceitam melhor as diferenças, até os anúncios publicitários são voltados para um público mais ‘mente aberta’. Existe sim, uma essência diferente e só estando lá para entender exatamente o que outros tentam explicar.

Também não pensem que é tudo um bando de gente louca, que sai fumando maconha, transando descaradamente, enfim. Eu diria que o que mais impera em Amsterdam é o respeito. Poder, pode, desde que haja respeito. E ele existe. Das três vezes que estive lá, nunca observei um ato de violência e em momento algum me senti desprotegida. Muito pelo contrário, confesso. A cidade é muito segura, que parece funcionar em câmera lenta. Talvez devido ao grande número de bicicletas como principal meio de transporte, aos seus românticos canais, suas construções góticas, suas muitas flores e plantas a venda ou sua fumaça inebriante que paira no ar. É… Talvez devido a tudo isso, em conjunto!

Mas este lado diferente de Amsterdam tem atraído muitos turistas jovens, sem limites, e os casos de overdose e desrespeito à industria do sexo tem acontecido com mais frequência. O governo já se impôs e disse que pretende dar uma trégua à tudo isso, com a intenção de diminuir ou até vetar a comercialização da maconha em algumas cidades dos Países Baixos. Cogitou-se a ideia de que apenas cidadãos neerlandeses, munidos de um ‘seedpass’, poderiam adquirir a droga do ano de 2013 em diante. Algumas cidade aderiram, mas Amsterdam ficou de fora, pelo menos por enquanto.

FEBO

FEBO - comida de parede

FEBO – comida de parede

No título do post, troquei o rock’n roll pelo FEBO e agora explico o que é…

FEBO é uma rede de fast food, muito mais fast do que food, que eu nunca ví em nenhum outro lugar, além de Amsterdam. Resumindo, é uma vitrine de pequenos lanches e salgados, onde você apenas insere umas moedinhas e pronto! A portinha da sua comida escolhida se abre e… Bom apetite!

Aceita-se apenas moedas e a máquina não dá troco. Se você não tiver a quantia necessária para a compra, pode trocar sua nota em uma máquina própria para isto, no mesmo local de autoatendimento.

Quando você menos espera, se depara com um comércio deste e vou te dizer: provou uma vez, vai querer comer sempre que possível. Como um break entre uma refeição e outra, é ideal, porém, nada saudável, já que a maioria das opções são frituras.

FEBO, que pelas minhas pesquisas, só existe em Amsterdam, resta apenas uma explicação: “It is all about laricas” (risos).

Beijos, beijos e boa quarta-feira!

Maria F. Mazzer

Mais de Amsterdam

16 jan

amsterdam

Retomando… Apenas para esclarecer, mas um pouco por curiosidade e conhecimento, Amsterdam é a capital dos Países Baixos e não da Holanda, como pensa a maioria. Os Países Baixos é uma nação constituída por 12 províncias. Entre estas 12, existem duas Holandas, a do Sul e a do Norte. Amsterdam está localizada na Holanda do Norte.

Os Países Baixos leva este nome justamente por possuir 27% do seu território abaixo do nível do mar, onde vive 60% de sua população. É considerado um dos países com melhor qualidade de vida do mundo, se destacando com um dos melhores índices de desenvolvimento humano. Embora seja mais conhecido por ter seus valores tradicionais mais liberais no que diz respeito à tolerância social, por sua postura política em relação à homossexualidade, consumo de drogas leves, prostituição, eutanásia e aborto.

Há bastante do que se fazer em Amsterdam, e não fazer nada por lá também pode ser muito bom (risos). Digo isso porque a cidade é deliciosa e simplesmente andar pelas suas ruas e canais, já é um grande passeio. Abaixo, vou deixar um mapa que eu trouxe de lá, que está com alguns rabiscos, para facilitar, e citar alguns pontos de interesse, começando pela parte inferior do mapa.

Ah! E para quem está se preparando para ir, comece se familiarizando um pouco com a língua oficial, pelo menos para uma melhor utilização do mapa. No mapa, para ajudar, tudo que tiver final:
-Plein = praça
-Straat = rua
-Gracht = canal

Amsterdam

Amsterdam

Vondelpark:
Um parque muito agradável que vale bastante a pena a visita. Para economizar tempo e investir na diversão, vá de bike!

Vondelpark - Amsterdam

Vondelpark – Amsterdam

Praça dos Museus (Museumplein):
Aqui estão: Museu Van Gogh e o Museu Stedelijk. Nas proximidades encontra-se o Rijksmuseum, com um grande acervo de arte holandesa.

Praça Leidse (Leidseplein):
Na minha opinião, a melhor região para se hospedar!

Leidseplein - Amsterdam

Leidseplein – Amsterdam

Bairro Jordaan

Museu Casa de Anne Frank:
Não basta citar, então vamos dar uma explicadinha, embora creio eu, a maioria de vocês já deve saber… Esta casa, hoje um museu, serviu de esconderijo para a judia Anne Frank e sua família, durante a segunda guerra mundial. Além deles, mais quatro pessoas, também judias, se esconderam alí. A porta para o esconderijo ficava por trás de uma estante falsa, que encontra-se preservada até hoje, assim como alguns pertences destas pessoas, incluindo o diário que Anne escreveu durante o confinamento, que a tornou famosa mundialmente. Tudo isto durou pouco mais de dois anos e depois que foram descobertos, todos foram deportados para diferentes campos de concentração. Apenas Otto Frank, pai de Anne, sobreviveu à guerra. Na minha opinião, um dos lugares que mais vale a pena ser visitado. Mas programe-se, pois isso pode te tomar horas na fila. Melhor deixar para ir no finalzinho da tarde.

Nine Streets:
A arquitetura mais linda da cidade, abrangendo os canais: Herengracht, Keizersgracht e Prinsengracht.

Dam Square:
Ponto de bastante movimento na cidade, aqui estão localizados o Palácio Koninklijk e a Nieuwe Kerk (Igreja Nova). O Museu de Cera Madame Tussaud também fica aqui.

Begijnhof:
Uma graça de lugar e a descrição mais próxima que posso dar é a de se parecer com um condomínio fechado, literalmente. Foi construído em 1346 para freiras morarem e em troca disso, elas prestavam serviço para os mais pobres e doentes.

Begijnhof  - Amsterdam

Begijnhof – Amsterdam

Amsterdam Historisch Museum
Fica pertinho do Begijnhof citado acima.

Rua das flores:
Muitas lojas, MUITAS flores. Para quem gosta, é uma verdadeira tentação!

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Praça Rembrandt (Rembrandtplein)
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Então isto é tudo o que eu tenho a dizer para este segundo post sobre Amsterdam. Para quem não acompanhou o primeiro, onde eu dei principalmente as dicas de como se locomover por lá, clique aqui.

Mas para finalizar, ainda voltarei com mais um post sobre a cidade, no qual entrarei nas questões que muitas pessoas vem me perguntar : “sexo” (Red Light District) e “drogas” (Coffeshops).

Ah! Também falarei um pouquinho da comida típica de Amsterdam (risos).

Abaixo, mais algumas imagens:

Diversão para quem quiser - Amsterdam

Diversão para quem quiser – Amsterdam

Não, ninguém destrói nada! - Amsterdam

É, fica tudo na rua. Não, ninguém destrói nada! – Amsterdam

Amsterdam

Amsterdam

Feliz quarta-feira! Beijos, beijos!

De lá pra cá – em Amsterdam

27 nov

Tem pra todos!

Estou de volta! Embora meu note não tenha funcionado da maneira como eu pretendia, para fazer como eu gostaria, como falei no último post, cá estou para, aos poucos, contar um pouco das dicas por onde passamos.

Portanto, minha primeira dica é: se, definitivamente, você não vive sem um computador, certifique-se de que esteja levando o adaptador correto para usá-lo onde quer que você vá. (risos) Foi o que não aconteceu comigo… Dei mancada e fiquei sem, depois que a bateria acabou. Mas confesso que meu empenho para procurar um adaptador para comprar, foi mínimo. É, acho que vivo sem um computador. Mas não sem internet! (mais risos)

Mas vamos lá… Se você está indo ou pretende ir para Amsterdam de forma independente (all by yourself), deve aprender como se locomover. Primeiro, do aeroporto (Aeroporto de Schiphol – único da cidade) para o centro, claro! Óbvio que, seja lá de onde for, para onde quer que seja, o taxi é sempre uma opção. Mas pegar taxi lá, é o mesmo que pegar taxi em qualquer lugar do mundo, e dispensa explicações.

*Valor médio por uma corrida de taxi em Amsterdam (aeroporto – centro/ centro – aeroporto): € 40,00.

*Valor para fazer este trecho com metrô, por pessoa: € 4,50.

Se optar em usar o metrô, é muito simples. Existe uma estação dentro do aeroporto. Dirija-se à um guichê de venda de tickets e peça um ticket para a estação central da cidade (Amstedam Central Station). De lá, toma-se um trem, ou tram, como eles dizem, para perto do endereço desejado.

*Valor para uma corrida de tram, por pessoa: € 2,70.

*Valor para usar o tram por 24h/ ilimitado, por pessoa: € 7,50.

Na parte principal da cidade, interessante para o turismo, o metrô não chega. Mesmo quem pouco sabe sobre Amsterdam, já tem uma noção de que ela é composta por inúmeros canais, que impossibilitam a implantação de metrôs.

Mas, para onde o metrô não alcança, existe a opção dos trans, que citei acima. Fazem o mesmo efeito, são igualmente modernos, mas andam acima do solo.

Seja lá em qual tipo de transporte for (tram ou metrô), dificilmente alguém vai passar solicitando seu ticket. Isso não acontece apenas em Amsterdam, como em várias outras cidades européias. Claro que não estou me refrindo que você não deva pagar por ele. Estou apenas alertando sobre o procedimento, admirável, na minha opinião. Aí não tem como não comparar: “Imaginem se isso funcionaria aqui no Brasil…” (risos)

Amsterdam é uma cidade relativamente pequena (pouco mais de 750.000 habitantes), se comparada à outras capitais, e de fácil locomoção. Se conhece e aproveita-se muito mais se deixar a preguiça de lado e visitá-la a pé.

A estação central (Central Station) tem boa localização e dependendo de onde for seu hotel, talvez nem precise pegar um tram para ir até ele, na sua chegada. Fora isto, se o consaço bater, os trans são muito fáceis de serem utilizados e te levam para qualquer ponto de interesse.

Outro meio de locomoção que não tem como passar despercebido para quem vai à Amsterdam é, sem dúvida, a bicicleta. Gente, só estando lá para saber o quanto de bicicleta circula pela cidade diariamente. Para terem uma noção, os pedestres devem tomar o mesmo cuidado que tomam com os carros ao atravessar a rua. São muitas! E se você não tem tanta habilidade, nem se atreva! (risos) Agora, se você confia na sua direção, está aí um meio de transporte fantástico para desbravar a cidade.

Mas se você, assim como eu (garota de apartamento), acha que não vai dar conta de andar no meio da ‘muvuca’, minha dica é de alugar a bike para ir à lugares menos movimentados, como o Vondelpark, por exemplo. O Vondelpark é lindo, imperdível, no meio da cidade, mas muito grande e visitá-lo de bike é uma ótima ideia!

Quando vocês forem, irão se lembrar e quem já foi, sabe do que estou falando: em Amsterdam, quase todo mundo usa a bicicleta como principal meio de transporte. Seja para levar os filhos à escola, fazer compras, ir ao mercado, passear, trabalhar, enfim. Executivos bem arrumados, mulheres impecáveis, todos vão de bike! É lindo de ver! Que saudade…

*Valor médio/ dia, do aluguel de uma bike em Asmterdam: € 15,00.

Vondelpark

Vondelpark

Tipo estacionamento (risos)

*Língua oficial: neerlandês. Mas praticamente toda a população também fala inglês.

So, don´t worry. Be happy!

Feliz terça-feira! Beijos, beijos.

Maria F. Mazzer

Seja bem vindo!

3 nov

Um dos muitos belos canais – Amsterdam

Viajar é coisa de louco e na minha cabeça, vivencia-se muito mais, (para quem se atreve) aquele que se aventura em pegar um mapa e simplesmente, ir.

É difícil explicar para os outros o que é viver em outra parte do mundo, nem que seja por poucos dias, mas viver.

Viajar é como se fosse morrer aí, para então poder renascer aqui, nem que seja por poucos dias, mas é.

Não me canso de dizer: eu amo viajar! Quando eu era adolescente eu sonhava em ter um trabalho daqueles que se ganha para visitar o mundo e até então, acho que me sinto bem nesta ideia.

Hoje começou nossa viagem de duas semanas, na qual passaremos por Amsterdam (onde estamos agora), Paris e Turquia, onde faremos 3 cidades, que detalharei melhor no decorrer do caminho.

Como já disse aqui, esta não é a minha primeira vez em Amsterdam e foi hoje também que eu descobrí que retornar pode ser ainda melhor, pois parece que tudo flui de forma muito mais calma, descompromissada.

Quem me conhece sabe, que há 5 anos eu fiz uma viagem de 2 meses pela Europa, passando por 14 países e 24 cidades. Até hoje, considero esta experiência como uma das mais marcantes da minha vida.

Na época, tinha como companhia: meu irmão querido que eu amo e mais um casal de amigos nosso. Resumindo: éramos em 4 (2 homens e 2 mulheres), e a viagem (exatamente os 61 dias) deu extremamente certo. Para provar, temos tudo relatado, conforme os fatos foram acontecendo (a proposta era que cada dia, um escrevesse, mas no final acabava sobrando mais pra mim – risos) e até hoje sonhamos com a possibilidade destas páginas virarem livros, mesmo sem nunca termos ido atrás! (mais risos)

No momento, a situação é um tanto quanto diferente. Tenho como companhia: meu maridão lindo, vulgo Baba, para os mais chegados, e sem entrar em mais detalhes, o que quero dizer é que desta vez vou tentar fazer o mesmo, mas nâo em folhas de papel. Vou tentar expressar aqui, para vocês poderem acompanhar daí, e mais que isto, deixar registrado em posts, dicas e imagens legais, que um dia poderão ser uteis, a quem possa se interessar.

Gostou da ideia? Pois bem, seja bem vindo!

Maria F. Mazzer

Viajar é viver!

30 out

Quem gosta de viajar, é mais ou menos assim: está sempre planejando qual será o próximo destino. Comigo não é diferente…

A distância não importa, o importante é que seja novo! Mas depois de pouco mais de 5 anos, talvez seja interessante reviver, mesmo que em situações bastante diferentes… Por isso optamos por voltar a Paris (por mim) e Amsterdam (por ele). Mas desta vez, com uma grande diferença: juntos!

Sabe, eu vou dizer… Eu não tenho muitos sonhos na vida… É… Eu acho que não. Me sinto tão grata e tão feliz por tudo que tenho que, para mim, se continuar assim, já está bom demais. Mas acontece que um dos meus poucos sonhos me custará uma vida inteira: o sonho de conhecer o mundo todo! Isso é normal? (risos)

Para uns, sim, para outros, jamais! Mas seja lá onde for, eu tenho vontade de estar, e viver, e conhecer e voltar pra contar. Se bem que eu tenho viajado mais do que contado, aqui no blog. Confesso que estou em falta. Vida corrida.

Tá, mas sem desviarmos o foco, voltando à importancia de ser novo, desta vez a novidade para nós se chamará Turquia. Sim, é para lá que nós vamos, também.

Espero voltar com mais novidades do que a novela (Salve Jorge, Afe, Maria! Né?!?), pois agora não se fala em outra coisa e quando planejamos nosso roteiro eu nem sonhava com esta coincidência.

Mas é isto! Estamos quase indo e se alguém tiver alguma dica ou sugestão, será muito bem vindo!

Nos falamos e até breve!

Boa terça, beijos, beijos.

Maria F. Mazzer

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