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Amsterdam: sexo, ‘drogas’ e… FEBO

6 fev
The Grasshopper - Coffeeshop

The Grasshopper – Coffeeshop

Nem ‘só’ de belos canais, tulipas, museus, arquitetura encantadora (goticamente romântica) e arte, vive Amsterdam.

Amsterdam também tem sido muito procurada por pessoas interessadas naquele seu outro lado mais descolado, que igualmente a torna famosa: sexo e ‘drogas’. Além da grande tolerância ao homossexualismo.

O sexo lá é levado à sério, como profissão. São muitas vitrines de mulheres, espalhadas pelas ruas do Red Ligth District (Bairro da Luz Vermelha), que atraem todas as noites, desde turistas curiosos, aos realmente interessados pelo ‘produto’. As vitrines, iluminadas (identificadas) com uma luz fluorescente vermelha, são pequenas e cada profissional tem a sua. Dá para notar que é o tamanho suficiente para um quartinho com banheiro no fundo. Para quem vê de fora, tudo se esconde atrás de uma cortina. Cortina fechada, trabalho negociado. Os preços variam entre 30 e 50 euros. Para se oferecerem, as meninas gostam de ficar bem a vontade, com roupas íntimas e não permitem fotos. Para provocar os clientes que passam, elas se insinuam, chegando até a mostrar um poco mais. As ‘negociações’ são normalmente assistidas de longe, por indiscretos. Algumas preferem ficar na calçada, chamando mais atenção ou conversando com a amiga da vitrine ao lado.

Além deste tipo de comércio sexual, é comum ver anúncios de shows de sexo e strip, espalhados pelas ruas. E ainda ligado à este assunto, se você quiser, também pode ter relações com seu próprio parceiro nos parques da cidade, ao ar livre, desde que seja de noite e longe da vista de outros, principalmente das crianças.

‘Drogas’, com ‘aspas’, porque a coisa não é bem assim, como seus pais pensam, né?!? A maconha é liberada, sim, e ponto. O resto, não. Ela está a venda nos famosos coffeeshops, podendo ser comprada a granel ou pronto uso, bolada. São muitos coffeeshops, que atraem todo tipo de gente, afinal, lá não se vende apenas maconha, claro. Mas geralmente também não se vende bebidas alcoólicas. Vendem coisas que cafés vendem, em uma menor proporção, além dos famosos space cakes, que são uns bolinhos, geralmente de chocolate, com maconha na composição.

Um café da manhã no The Bulldog.

Um café da manhã no The Bulldog.

Nos coffeeshops, a maconha é separada por nomes, cada uma tem o seu. Se é verdade que existe cardápio para isso? Sim, é verdade. São diferentes tipos da planta e é muito curioso de ver. Em alguns cafés também vende-se as sementes, para quem se interessa em cultivá-las.

Você compra a maconha, mas não pode sair fumando. Teoricamente pode-se fumar apenas nos coffeeshops, mas dá pra notar pessoas fumando fora deles, principalmente nos parques. Ninguém denuncia, já que portar uma pequena quantidade da erva, para uso próprio, é legal.

É muito difícil, quase impossível, eu diria, você entrar em um coffeeshop e não sentir o aroma de um baseado queimando no ar. Portanto, se você considera isso como algo fora do seu contexto, nem se atreva a visitar. Alguns coffeeshops dispõem de mesas na calçada, como é o caso do The Bullldog, da Praça Leidse, e você nem precisa entrar para ver pessoas queimando ou bolando um, basta apenas passar em frente.

The Bulldog - Praça Leidse

The Bulldog – Praça Leidse

Certo ou errado? Aí vai depender da opinião de cada um. Amsterdam é assim, meio liberal, e se você estiver planejando conhecê-la, deve estar ciente disso. A cidade como um todo é mais despojada, as pessoas (habitantes) aceitam melhor as diferenças, até os anúncios publicitários são voltados para um público mais ‘mente aberta’. Existe sim, uma essência diferente e só estando lá para entender exatamente o que outros tentam explicar.

Também não pensem que é tudo um bando de gente louca, que sai fumando maconha, transando descaradamente, enfim. Eu diria que o que mais impera em Amsterdam é o respeito. Poder, pode, desde que haja respeito. E ele existe. Das três vezes que estive lá, nunca observei um ato de violência e em momento algum me senti desprotegida. Muito pelo contrário, confesso. A cidade é muito segura, que parece funcionar em câmera lenta. Talvez devido ao grande número de bicicletas como principal meio de transporte, aos seus românticos canais, suas construções góticas, suas muitas flores e plantas a venda ou sua fumaça inebriante que paira no ar. É… Talvez devido a tudo isso, em conjunto!

Mas este lado diferente de Amsterdam tem atraído muitos turistas jovens, sem limites, e os casos de overdose e desrespeito à industria do sexo tem acontecido com mais frequência. O governo já se impôs e disse que pretende dar uma trégua à tudo isso, com a intenção de diminuir ou até vetar a comercialização da maconha em algumas cidades dos Países Baixos. Cogitou-se a ideia de que apenas cidadãos neerlandeses, munidos de um ‘seedpass’, poderiam adquirir a droga do ano de 2013 em diante. Algumas cidade aderiram, mas Amsterdam ficou de fora, pelo menos por enquanto.

FEBO

FEBO - comida de parede

FEBO – comida de parede

No título do post, troquei o rock’n roll pelo FEBO e agora explico o que é…

FEBO é uma rede de fast food, muito mais fast do que food, que eu nunca ví em nenhum outro lugar, além de Amsterdam. Resumindo, é uma vitrine de pequenos lanches e salgados, onde você apenas insere umas moedinhas e pronto! A portinha da sua comida escolhida se abre e… Bom apetite!

Aceita-se apenas moedas e a máquina não dá troco. Se você não tiver a quantia necessária para a compra, pode trocar sua nota em uma máquina própria para isto, no mesmo local de autoatendimento.

Quando você menos espera, se depara com um comércio deste e vou te dizer: provou uma vez, vai querer comer sempre que possível. Como um break entre uma refeição e outra, é ideal, porém, nada saudável, já que a maioria das opções são frituras.

FEBO, que pelas minhas pesquisas, só existe em Amsterdam, resta apenas uma explicação: “It is all about laricas” (risos).

Beijos, beijos e boa quarta-feira!

Maria F. Mazzer

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16 jan

amsterdam

Retomando… Apenas para esclarecer, mas um pouco por curiosidade e conhecimento, Amsterdam é a capital dos Países Baixos e não da Holanda, como pensa a maioria. Os Países Baixos é uma nação constituída por 12 províncias. Entre estas 12, existem duas Holandas, a do Sul e a do Norte. Amsterdam está localizada na Holanda do Norte.

Os Países Baixos leva este nome justamente por possuir 27% do seu território abaixo do nível do mar, onde vive 60% de sua população. É considerado um dos países com melhor qualidade de vida do mundo, se destacando com um dos melhores índices de desenvolvimento humano. Embora seja mais conhecido por ter seus valores tradicionais mais liberais no que diz respeito à tolerância social, por sua postura política em relação à homossexualidade, consumo de drogas leves, prostituição, eutanásia e aborto.

Há bastante do que se fazer em Amsterdam, e não fazer nada por lá também pode ser muito bom (risos). Digo isso porque a cidade é deliciosa e simplesmente andar pelas suas ruas e canais, já é um grande passeio. Abaixo, vou deixar um mapa que eu trouxe de lá, que está com alguns rabiscos, para facilitar, e citar alguns pontos de interesse, começando pela parte inferior do mapa.

Ah! E para quem está se preparando para ir, comece se familiarizando um pouco com a língua oficial, pelo menos para uma melhor utilização do mapa. No mapa, para ajudar, tudo que tiver final:
-Plein = praça
-Straat = rua
-Gracht = canal

Amsterdam

Amsterdam

Vondelpark:
Um parque muito agradável que vale bastante a pena a visita. Para economizar tempo e investir na diversão, vá de bike!

Vondelpark - Amsterdam

Vondelpark – Amsterdam

Praça dos Museus (Museumplein):
Aqui estão: Museu Van Gogh e o Museu Stedelijk. Nas proximidades encontra-se o Rijksmuseum, com um grande acervo de arte holandesa.

Praça Leidse (Leidseplein):
Na minha opinião, a melhor região para se hospedar!

Leidseplein - Amsterdam

Leidseplein – Amsterdam

Bairro Jordaan

Museu Casa de Anne Frank:
Não basta citar, então vamos dar uma explicadinha, embora creio eu, a maioria de vocês já deve saber… Esta casa, hoje um museu, serviu de esconderijo para a judia Anne Frank e sua família, durante a segunda guerra mundial. Além deles, mais quatro pessoas, também judias, se esconderam alí. A porta para o esconderijo ficava por trás de uma estante falsa, que encontra-se preservada até hoje, assim como alguns pertences destas pessoas, incluindo o diário que Anne escreveu durante o confinamento, que a tornou famosa mundialmente. Tudo isto durou pouco mais de dois anos e depois que foram descobertos, todos foram deportados para diferentes campos de concentração. Apenas Otto Frank, pai de Anne, sobreviveu à guerra. Na minha opinião, um dos lugares que mais vale a pena ser visitado. Mas programe-se, pois isso pode te tomar horas na fila. Melhor deixar para ir no finalzinho da tarde.

Nine Streets:
A arquitetura mais linda da cidade, abrangendo os canais: Herengracht, Keizersgracht e Prinsengracht.

Dam Square:
Ponto de bastante movimento na cidade, aqui estão localizados o Palácio Koninklijk e a Nieuwe Kerk (Igreja Nova). O Museu de Cera Madame Tussaud também fica aqui.

Begijnhof:
Uma graça de lugar e a descrição mais próxima que posso dar é a de se parecer com um condomínio fechado, literalmente. Foi construído em 1346 para freiras morarem e em troca disso, elas prestavam serviço para os mais pobres e doentes.

Begijnhof  - Amsterdam

Begijnhof – Amsterdam

Amsterdam Historisch Museum
Fica pertinho do Begijnhof citado acima.

Rua das flores:
Muitas lojas, MUITAS flores. Para quem gosta, é uma verdadeira tentação!

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Praça Rembrandt (Rembrandtplein)
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Então isto é tudo o que eu tenho a dizer para este segundo post sobre Amsterdam. Para quem não acompanhou o primeiro, onde eu dei principalmente as dicas de como se locomover por lá, clique aqui.

Mas para finalizar, ainda voltarei com mais um post sobre a cidade, no qual entrarei nas questões que muitas pessoas vem me perguntar : “sexo” (Red Light District) e “drogas” (Coffeshops).

Ah! Também falarei um pouquinho da comida típica de Amsterdam (risos).

Abaixo, mais algumas imagens:

Diversão para quem quiser - Amsterdam

Diversão para quem quiser – Amsterdam

Não, ninguém destrói nada! - Amsterdam

É, fica tudo na rua. Não, ninguém destrói nada! – Amsterdam

Amsterdam

Amsterdam

Feliz quarta-feira! Beijos, beijos!

De lá pra cá – em Amsterdam

27 nov

Tem pra todos!

Estou de volta! Embora meu note não tenha funcionado da maneira como eu pretendia, para fazer como eu gostaria, como falei no último post, cá estou para, aos poucos, contar um pouco das dicas por onde passamos.

Portanto, minha primeira dica é: se, definitivamente, você não vive sem um computador, certifique-se de que esteja levando o adaptador correto para usá-lo onde quer que você vá. (risos) Foi o que não aconteceu comigo… Dei mancada e fiquei sem, depois que a bateria acabou. Mas confesso que meu empenho para procurar um adaptador para comprar, foi mínimo. É, acho que vivo sem um computador. Mas não sem internet! (mais risos)

Mas vamos lá… Se você está indo ou pretende ir para Amsterdam de forma independente (all by yourself), deve aprender como se locomover. Primeiro, do aeroporto (Aeroporto de Schiphol – único da cidade) para o centro, claro! Óbvio que, seja lá de onde for, para onde quer que seja, o taxi é sempre uma opção. Mas pegar taxi lá, é o mesmo que pegar taxi em qualquer lugar do mundo, e dispensa explicações.

*Valor médio por uma corrida de taxi em Amsterdam (aeroporto – centro/ centro – aeroporto): € 40,00.

*Valor para fazer este trecho com metrô, por pessoa: € 4,50.

Se optar em usar o metrô, é muito simples. Existe uma estação dentro do aeroporto. Dirija-se à um guichê de venda de tickets e peça um ticket para a estação central da cidade (Amstedam Central Station). De lá, toma-se um trem, ou tram, como eles dizem, para perto do endereço desejado.

*Valor para uma corrida de tram, por pessoa: € 2,70.

*Valor para usar o tram por 24h/ ilimitado, por pessoa: € 7,50.

Na parte principal da cidade, interessante para o turismo, o metrô não chega. Mesmo quem pouco sabe sobre Amsterdam, já tem uma noção de que ela é composta por inúmeros canais, que impossibilitam a implantação de metrôs.

Mas, para onde o metrô não alcança, existe a opção dos trans, que citei acima. Fazem o mesmo efeito, são igualmente modernos, mas andam acima do solo.

Seja lá em qual tipo de transporte for (tram ou metrô), dificilmente alguém vai passar solicitando seu ticket. Isso não acontece apenas em Amsterdam, como em várias outras cidades européias. Claro que não estou me refrindo que você não deva pagar por ele. Estou apenas alertando sobre o procedimento, admirável, na minha opinião. Aí não tem como não comparar: “Imaginem se isso funcionaria aqui no Brasil…” (risos)

Amsterdam é uma cidade relativamente pequena (pouco mais de 750.000 habitantes), se comparada à outras capitais, e de fácil locomoção. Se conhece e aproveita-se muito mais se deixar a preguiça de lado e visitá-la a pé.

A estação central (Central Station) tem boa localização e dependendo de onde for seu hotel, talvez nem precise pegar um tram para ir até ele, na sua chegada. Fora isto, se o consaço bater, os trans são muito fáceis de serem utilizados e te levam para qualquer ponto de interesse.

Outro meio de locomoção que não tem como passar despercebido para quem vai à Amsterdam é, sem dúvida, a bicicleta. Gente, só estando lá para saber o quanto de bicicleta circula pela cidade diariamente. Para terem uma noção, os pedestres devem tomar o mesmo cuidado que tomam com os carros ao atravessar a rua. São muitas! E se você não tem tanta habilidade, nem se atreva! (risos) Agora, se você confia na sua direção, está aí um meio de transporte fantástico para desbravar a cidade.

Mas se você, assim como eu (garota de apartamento), acha que não vai dar conta de andar no meio da ‘muvuca’, minha dica é de alugar a bike para ir à lugares menos movimentados, como o Vondelpark, por exemplo. O Vondelpark é lindo, imperdível, no meio da cidade, mas muito grande e visitá-lo de bike é uma ótima ideia!

Quando vocês forem, irão se lembrar e quem já foi, sabe do que estou falando: em Amsterdam, quase todo mundo usa a bicicleta como principal meio de transporte. Seja para levar os filhos à escola, fazer compras, ir ao mercado, passear, trabalhar, enfim. Executivos bem arrumados, mulheres impecáveis, todos vão de bike! É lindo de ver! Que saudade…

*Valor médio/ dia, do aluguel de uma bike em Asmterdam: € 15,00.

Vondelpark

Vondelpark

Tipo estacionamento (risos)

*Língua oficial: neerlandês. Mas praticamente toda a população também fala inglês.

So, don´t worry. Be happy!

Feliz terça-feira! Beijos, beijos.

Maria F. Mazzer

Seja bem vindo!

3 nov

Um dos muitos belos canais – Amsterdam

Viajar é coisa de louco e na minha cabeça, vivencia-se muito mais, (para quem se atreve) aquele que se aventura em pegar um mapa e simplesmente, ir.

É difícil explicar para os outros o que é viver em outra parte do mundo, nem que seja por poucos dias, mas viver.

Viajar é como se fosse morrer aí, para então poder renascer aqui, nem que seja por poucos dias, mas é.

Não me canso de dizer: eu amo viajar! Quando eu era adolescente eu sonhava em ter um trabalho daqueles que se ganha para visitar o mundo e até então, acho que me sinto bem nesta ideia.

Hoje começou nossa viagem de duas semanas, na qual passaremos por Amsterdam (onde estamos agora), Paris e Turquia, onde faremos 3 cidades, que detalharei melhor no decorrer do caminho.

Como já disse aqui, esta não é a minha primeira vez em Amsterdam e foi hoje também que eu descobrí que retornar pode ser ainda melhor, pois parece que tudo flui de forma muito mais calma, descompromissada.

Quem me conhece sabe, que há 5 anos eu fiz uma viagem de 2 meses pela Europa, passando por 14 países e 24 cidades. Até hoje, considero esta experiência como uma das mais marcantes da minha vida.

Na época, tinha como companhia: meu irmão querido que eu amo e mais um casal de amigos nosso. Resumindo: éramos em 4 (2 homens e 2 mulheres), e a viagem (exatamente os 61 dias) deu extremamente certo. Para provar, temos tudo relatado, conforme os fatos foram acontecendo (a proposta era que cada dia, um escrevesse, mas no final acabava sobrando mais pra mim – risos) e até hoje sonhamos com a possibilidade destas páginas virarem livros, mesmo sem nunca termos ido atrás! (mais risos)

No momento, a situação é um tanto quanto diferente. Tenho como companhia: meu maridão lindo, vulgo Baba, para os mais chegados, e sem entrar em mais detalhes, o que quero dizer é que desta vez vou tentar fazer o mesmo, mas nâo em folhas de papel. Vou tentar expressar aqui, para vocês poderem acompanhar daí, e mais que isto, deixar registrado em posts, dicas e imagens legais, que um dia poderão ser uteis, a quem possa se interessar.

Gostou da ideia? Pois bem, seja bem vindo!

Maria F. Mazzer

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